Projeto Olhar Brasil

segunda-feira, 8 de setembro de 2008 0 comentários



São conhecidos os altos percentuais de problemas oftalmológicos que afetam a população brasileira e a desigual distribuição dos recursos humanos e financeiros para a sua abordagem. Os problemas visuais respondem por grande parcela de evasão e repetência escolar, pelo desajuste individual no trabalho, por grandes limitações na qualidade de vida, mesmo quando não se trata ainda de cegueira.

Os dados epidemiológicos disponíveis para o Brasil mostram que 30% das crianças em idade escolar e 100% dos adultos com mais de 40 anos apresentam problemas de refração que interferem em seu desempenho diário e, conseqüentemente na sua auto-estima, na sua inserção social e em sua qualidade de vida.

A estatística mundial de prevalência de miopia e astigmatismo estima que 30% dos indivíduos com menos de 40 anos de idade necessitam ou necessitarão de óculos, além de parte dos casos de hipermetropia. Após os 40 anos de idade 100% da população mundial apresentam o processo de vista cansada ou presbiopia, interferindo na visão para perto, com conseqüente piora da leitura, escrita e outras atividades que exijam boa visão a curta distância.

Alguns problemas simples e que não são considerados com a ênfase devida podem responder por dificuldades na desejável inclusão social de pessoas com problemas visuais. É o caso dos erros de refração, na maioria das vezes passíveis de solução através do uso de óculos.

Buscando dar respostas a esses problemas e, reconhecendo as dificuldades de acesso da população brasileira não só à consulta oftalmológica, mas também à aquisição dos óculos, os Ministérios da Saúde e da Educação lançaram o Projeto Olhar Brasil, através da Portaria Interministerial nº. 15 de 24 de abril de 2007.

• Objetivo principal - Identificar problemas visuais, em alunos matriculados na rede pública de ensino fundamental (1ª a 8ª série), no programa “Brasil Alfabetizado” do MEC e na população acima de 60 anos de idade, prestando assistência oftalmológica com o fornecimento de óculos nos casos de detecção de erros de refração. Propiciando assim, condições de saúde ocular favorável ao aprendizado do público alvo melhorando o rendimento escolar e a qualidade de vida desta população de forma a reduzir as taxas de evasão e repetência .

• Metas - O projeto Olhar Brasil prevê a assistência direta a 44 milhões de pessoas, envolvendo a aplicação de aproximadamente R$323,3 milhões de reais, num período de três anos.
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Degradação Ambiental

quinta-feira, 4 de setembro de 2008 1 comentários

Desde quando o Homem começou a conviver em grandes comunidades, ele alterou a natureza de forma a assegurar a própria sobrevivência e lhe proporcionar conforto. A agricultura, a pecuária e a construção de cidades etc. modificam diretamente a natureza. Assim transformando características geográficas como vegetação, permeabilidade do solo, absortividade e refletividade da superfície terrestre, além alterar as características do solo, ar atmosférico e das águas, tanto pluviais, fluviais como subterrâneas.

A alteração do espaço preexistente para a habitação humana, na criação de cidades e grandes metrópoles, causa variação climática de diversas formas. As grandes cidades e metrópoles possuem diferenças climáticas fundamentais das áreas de campo próximas. As temperaturas de verão e inverno são maiores, a umidade relativa é menor, a quantidade de poluentes no ar é muitas vezes maior, a quantidade de nuvens e nevoeiro e as precipitações são maiores que em áreas de campo próximas, já a velocidade dos ventos e radiação diminuem. Sendo assim pode-se concluir que as modificações no ambiente para a instalação de cidades densamente povoadas causam alterações no clima e na qualidade ambiental percebida.

Problemas como chuvas intensas e torrenciais, inundações, queda de morros, ventania em determinados locais, assim como instabilidade climática são causas do efeito criado pela alta densidade populacional e das transformações ambientais.

Devido os problemas supracitados hoje as pessoas que habitam em grandes centros, adoecem muito mais que as que vivem na zona rural, tais doenças originadas não apenas pela vida estressante das grandes cidades, mas também pela péssima qualidade do ar, da água e da grande população de ratos e baratas que também fazem parte da presença desordenada do Homem. Assim observa-se que a degradação ambiental urbana altera não apenas as condições climáticas locais, mas também agride o meio ambiente, poluindo-o de diversas formas e ao ser humano que nele habita resta conviver com um ambiente bastante inóspito e que muitas vezes pode levá-lo a doenças sérias e até a morte.

A superfície da Terra está em constante processo de transformação e, ao longo de seus 4,5 bilhões de anos, o planeta registra drásticas alterações ambientais. Há milhões de anos, a área do atual deserto do Saara, por exemplo, era ocupada por uma grande floresta e os terrenos que hoje abrigam a floresta amazônica pertenciam ao fundo do mar. As rupturas na crosta terrestre e a deriva dos continentes mudam a posição destes ao longo de milênios. Em conseqüência, seus climas passam por grandes transformações. As quatro glaciações já registradas - quando as calotas polares avançam sobre as regiões temperadas - fazem a temperatura média do planeta cair vários graus. Essas mudanças, no entanto, são provocadas por fenômenos geológicos e climáticos e podem ser medidas em milhões e até centenas de milhões de anos. Com o surgimento do homem na face da Terra, o ritmo de mudanças acelera-se.
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Poluição Visual - Agressão constante para os olhos

quarta-feira, 3 de setembro de 2008 4 comentários


As grandes cidades são um celeiro de propagandas. Por todo lado há outdoors, cartazes, banners e tudo o que convença as pessoas a comprar um produto qualquer. Obrigatoriamente quem transita nas ruas, olha para toda a parafernália, sem opção e direito de dizer “não quero ver esse outdoor, quero ver a paisagem que está atrás dele”.

Mas ao contrário do que colocam alguns, a poluição visual não deixa apenas as cidades feias, causam o estresse. Milhares de informações indesejadas são captadas pela mente sobrecarregando-a com inutilidades. Um outro ponto em meio a uma sociedade capitalista onde a miséria permeia, relaciona-se à imposição surda de ter isso ou aquilo que é propagandeado. Quem não tem condições financeiras, vê-se cercado de propagandas e sente-se frustrado ou mesmo deprimido.

Uma outra forma de poluir visualmente são as pichações. Sem nenhuma criatividade, grupos rabiscam muros com nomes, frases e palavras desconexas. É muito diferente do grafite, onde os desenhos muitas vezes são bonitos, bem elaborados e causam bem estar a quem vê. Ainda assim, em excesso ou mal distribuído, pode ser considerado poluidor do ambiente. Em Belo Horizonte, por exemplo, quem sai do centro para o Aeroporto de Pampulha, fica impressionado com a quantidade de pichações nas casas e prédios do caminho. E os causadores muitas vezes arriscam a própria vida para subir em locais inimagináveis e rabiscar uma parede, como se isso fosse uma forma de protesto, que seria muito melhor aceito e bem visto, se fosse feito com arte e organização.

Em Salvador, determinada época, as passarelas viviam cheias de faixas e banners. Além de haver possibilidade de uma cair sobre um carro que passasse embaixo, desviavam a atenção dos motoristas.

O lixo nas calçadas, além de causar vários males ao meio e doenças, pois atraem ratos e insetos, também poluem o visual da cidade. Para acabar com isso, é preciso haver coleta regular e campanhas educacionais que ensinem o cidadão a tratar o lixo doméstico.

Fios elétricos em excesso deixam as cidades feias. Quem viaja pode perceber que existem cidades onde a fiação não fica desorganizada e nem totalmente exposta. Em certos locais, também são um risco. É possível cobrar o ordenamento e a organização disso com as companhias elétricas. Aliás, nenhum cidadão deve fazer trabalhos elétricos sem ser técnico. Muitos que tentaram, não estão vivos para contar o resultado.

A propaganda política também polui. Muros pichados, colados de cartazes, enfeiam as cidades. Porém há um outro problema por trás disso. Os políticos que são “patrocinados” por grupos econômicos ou os representam, podem colocar sua propaganda em muitos outros locais. Os ricos, idem. Mas qual o espaço que sobra para aquele que não tem as mesmas condições financeiras? É necessário haver uma democratização dos meios de comunicação, a proibição maior desses patrocínios que só levam o candidato quando eleito a criar leis e votar em propostas que favoreçam o empresariado. Se enquanto cidadão todos tem o direito de votar e ser votado, todos devem ter o mesmo direito à propaganda. Existindo direitos iguais para os candidatos, proibir a colagem e pichação em muros seria justíssimo. Com certeza as cidades seriam mais limpas no período eleitoral. Mas a mídia pertence a grupos que possuem interesses e daí não oferecem espaço para aqueles que têm idéias contrárias às suas.



Conseqüências da poluição visual:

1 – Acidentes de trânsito;

2 – Estresse;

3 – Cidades sujas e feias;

4 – Frustração e depressão temporária em alguns, podendo se transformar em problema mais grave.


O que fazer:

1 – Denunciar a pichação e valorizar o que for arte, orientando jovens, a saber, como e onde grafitar;

2 – Denunciar propagandas em cartazes e outdoors que de qualquer forma incentive violência, prostituição ou contenha termos que agridam o transeunte;

3 – Outdoors que cobrem boas paisagens ou partes turísticas da sua cidade devem ser trocados de lugar. Unir a população e cobrar essa mudança dá resultados (aliás, quando se é perseverante, tudo dá certo);

4 – Exigir a coleta regular do lixo pelos órgãos municipais competentes;

5 – Procurar compreender melhor a propaganda política e cobrar dos candidatos uma cidade limpa.
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A crise mundial das megacidades:

terça-feira, 2 de setembro de 2008 0 comentários

A edição da revista Grandes Reportagens que esmiúça o fenômeno mundial das megacidades, encartada no Estado do último domingo, coincidiu com a divulgação dos primeiros resultados de um novo levantamento sistemático sobre o desenvolvimento urbano nacional. O trabalho jornalístico, que focaliza uma dezena de megalópoles estrangeiras e se aprofunda, no País, no caso-síntese de São Paulo, é um contraponto vívido ao ordenamento de 5.590 municípios brasileiros segundo uma bateria de indicadores socioeconômicos. De um lado, os testemunhos dos enviados especiais do jornal a 7 dos 25 conglomerados urbanos no exterior com mais de 10 milhões de habitantes (Tóquio, Nova York, Cidade do México, Mumbai, Xangai, Moscou e Lagos, em sentido decrescente) e ainda a Londres, que já não integra essa relação, indicam uma crise de proporções ciclópicas que ameaça levar a colapso os atributos, expectativas e valores historicamente revolucionários, indissociáveis do próprio conceito de metrópole desde o advento da Era Moderna.
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A grande cidade - a forma mais progressista de radicação que o homem foi capaz de conceber na face da Terra, alçando a níveis exponenciais o potencial humano para criar riqueza, conhecimento, tecnologia, cultura e liberdade - simplesmente passou do ponto. Tornou-se, como escreveu na revista o governador José Serra, ao falar especificamente de São Paulo, o "lugar geométrico" dos problemas que assombram governos e cidadãos, "o espaço sobre o qual convergem com intensidade máxima desemprego, poluição, trânsito, violência, déficits de transporte público, de saneamento, saúde e ensino básico de qualidade". Notadamente no Terceiro Mundo, cada vez mais o principal gerador de megalópoles, não há governo, dinheiro e coesão social para ao menos estancar as agruras de seu cotidiano. E a grande cidade típica do Primeiro Mundo - Tóquio, Nova York, Londres e Paris - expulsa legiões de moradores, incapazes de arcar com o custo explosivo das suas habitações e serviços.
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Hoje em dia, num período histórico de expansão urbana desenfreada, especialmente nos países mais pobres, o desenvolvimento humano, novo nome para qualidade de vida, é submetido nas megametrópoles a provações crescentes.
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Estadão - 5, de Agosto de 2008
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Batalha pela água nas megacidades:

segunda-feira, 1 de setembro de 2008 1 comentários


Durante o 2º Fórum Mundial da Água, realizado em 2000 na cidade holandesa de Haia, o então diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Klaus Toepfer, fez um alerta: "A grande batalha pela conservação da água será ganha ou perdida nas megacidades do mundo". Em todo o mundo há 23 dessas megacidades, com 10 milhões de habitantes em cada. Toepfer expressou há três anos uma preocupação que aflige urbanistas, sociólogos, políticos, demógrafos e técnicos das áreas governamentais.

Aglomerações urbanas inchadas a este ponto fazem com que a tarefa de levar água a casas, indústrias, lojas e estabelecimentos do setor de serviços represente gastos bilionários e, o que é pior, desperdício de recursos hídricos.
O homem, desde que deixou de ser nômade, procurou se fixar em áreas onde houvesse oferta de água. A própria figura da cidade está intimamente ligada à disponibilidade de recursos hídricos, seja para consumo direto da população, seja para atividades econômicas. Com o tempo, as cidades cresceram em tamanho e em população - o que levou a busca por água a regiões cada vez mais distantes. Há ainda as conseqüências da urbanização sobre os mananciais. O desmatamento e a poluição de rios, lagos, lagoas e fontes afetam a qualidade e o volume dos recursos hídricos.


A estrutura das megacidades favorece ainda o desperdício. Grandes redes de abastecimento de água e coleta de esgoto necessitam altos investimentos em manutenção de tubulações, estações de tratamento, galerias e uma série de elementos que constituem o sistema de saneamento básico. A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária (ABES) calcula que nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo - dois exemplos de megacidades no Brasil - as perdas na distribuição de água cheguem a 50%. O desperdício tem duas vertentes. A primeira é o rompimento das tubulações que levam a água das estações de tratamento até o consumidor - os famosos vazamentos nas ruas. A segunda se refere aos sistemas hidráulicos de residências, indústrias e lojas, cuja falta de manutenção literalmente faz a água escorrer pelos ralos.
Um dado característico das megacidades é a utilização de rios, lagoas, lagos e litoral como "lixeiras". A falta de destinação adequada do lixo e a ausência de redes eficazes de saneamento básico transformaram ecossistemas aquáticos em depósitos de dejetos. No caso dos mananciais de água doce, a contaminação compromete a qualidade de vida da população, expondo moradores a doenças infecto-contagiosas, além da própria ameaça de escassez de água.

De acordo com o PNUMA, a urbanização nas megacidades precisa ser repensada. A impermeabilização do solo por calçamento ou asfaltamento impede que a chuva realimente os depósitos subterrâneos de água. A chuva, em vez de ser absorvida pelo terreno, é lançada nas galerias pluviais e termina no mar. Outra sugestão do programa das Nações Unidas diz respeito à necessidade de investimento pesado em saneamento básico e tratamento de esgotos como forma de preservar as reservas de água.

Já os urbanistas destacam a importância de uma nova forma de gerenciar as megacidades. Segundo eles, os governos devem estimular a participação das comunidades nos processos de tomada de decisões sobre políticas públicas. Um exemplo citado é a ampliação dos serviços de saneamento básico. O estabelecimento de parcerias entre Poder Público e população durante a realização das obras reforça os resultados no campo da preservação ambiental e do uso racional dos recursos hídricos.

Marlucio Luna
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Desemprego

domingo, 31 de agosto de 2008 1 comentários


No Brasil, é grande a preocupação dos trabalhadores, dos sindicatos, das autoridades e dos estudiosos de problemas sociais, a despeito de não possuirmos dados precisos sobre o desemprego, isto porque, enquanto o IBGE fala em taxa de 12%, a Fundação Seade/Dieese fala em 18% na região metropolitana da Grande São Paulo. A verdade é que temos, hoje, em qualquer família alguém desempregado. Essa é uma realidade que está muito próxima de cada um de nós. O desemprego causa vários problemas: para o desempregado, para a família e para o Estado. Para o cidadão desempregado e sua família, o desemprego provoca insegurança, a indignidade, aquela sensação de inutilidade para o mundo social.Estão desaparecendo muitas profissões e atividades profissionais, porque têm o robô fazendo o trabalho de muitas pessoas. Isso realmente gera desemprego e tanto o governo quanto a sociedade têm que contribuir para encontrar uma solução.Talvez a solução momentânea seja a requalificação profissional. Os profissionais que perdem seus postos de trabalho devem passar por treinamentos e reciclagens. Só assim poderão encontrar outra atividade e assumir uma nova vaga no concorrido mercado de trabalho moderno. O desempregado não pode ficar esperando nova oportunidade para ocupar a mesma vaga que ocupava antes da demissão, mesmo porque aquela vaga, ou melhor, aquela função pode deixar de existir. Aquele que deseja voltar ao mercado de trabalho deve se reciclar, buscando uma colocação em outra área ou ramo de atividade; para isso, ele deve estar preparado.
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A violência no Brasil.

sábado, 30 de agosto de 2008 3 comentários

O Brasil é considerado um dos países mais violentos do mundo. O índice de assaltos, seqüestros, extermínios, violência doméstica e contra a mulher é muito alto e contribui para tal consideração. Suas causas são sempre as mesmas: miséria, pobreza, má distribuição de renda, desemprego e desejo de vingança.

A repressão usada pela polícia para combater a violência gera conflitos e insegurança na população que nutrida pela corrupção das autoridades não sabe em quem confiar e decide se defender a próprio punho, perdendo seu referencial de segurança e sua expectativa de vida.

O governo, por sua vez, concentra o poder nas mãos de poucos, deixando de lado as instituições que representam o povo. A estrutura governamental torna a violência necessária, em alguns aspectos, para a manutenção da desigualdade social. Não se sabe ao certo onde a violência se concentra, pois se são presos sofrem torturas, maus tratos, descasos, perseguições e opressões fazendo que tenham dentro de si um desejo maior e exagerado de vingança.

Se a violência se concentra fora dos presídios, é necessário que haja um planejamento de forma que se utilize uma equipe específica que não é regida pela força, autoridade exagerada e violenta. Medidas precisam ser tomadas para diminuir tais fatos, mas é preciso que se atente para a estrutura que vem sendo montada para decidir o futuro das cidades brasileiras.

Não é necessário um cenário de guerra com armas pesadas no centro das cidades, mas de pessoal capacitado para combater a violência e os seus causadores. Um importante passo seria cortar a liberdade excessiva que hoje rege o país, aplicar punições mais severas aos que infringirem as regras e diminuir a exploração econômica.

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